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Verifique sempre se a lata não se encontra amassada ou estufada. As latas estufadas são sempre presença de bactérias.

Prefira conservas industriais, maior segurança em relação as caseiras. Verifique sempre a certificação do produto.

Botulinica é um agente paralizante produzido pela bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo. A principal ação dessa droga é bloquear a liberação do neurotransmissor acetilcolina, responsável pela contração muscular, secreção salivar e das glandulas sudori­paras.

Imagem ampliada da bactéria que causa botulismo.

BOTULISMO

Uma forma de intoxicação alimentar que pode matar se não tratada a tempo.

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O QUE É?

 

Forma de intoxicação alimentar, causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, presente no solo e em alimentos contaminados e mal conservados. A intoxicação se caracteriza por um comprometimento severo do sistema nervoso e, se não tratada a tempo, mata. ALIMENTOS DE RISCO

 

Os enlatados ou embalados a vácuo são os mais vulneráveis ao Clostridium botulinum, pois a bactéria só se desenvolve em ambientes sem oxigênio.

 

A INTOXICAÇÃO

 

1. O alimento é contaminado ainda no solo, por esporos ultra-resistentes. Quando em conserva, o microrganismo se modifica e começa a produzir a toxina. Latas inchadas, que parecem cheias de ar, podem indicar a presença da bactéria.

 

2. Quando o alimento é ingerido, a toxina é absorvida pelo aparelho digestivo e entra na corrente sangüínea.

 

3. A toxina atinge o sistema nervoso, interferindo na sinapse (comunicação) entre as células nervosas. Sem esta comunicação vital, as funções do organismo começam a ficar debillitadas.

 

4. Como o sistema nervoso deixa de avisar a necessidade de contração muscular, a paralisia dos músculos é freqüente entre os que estão sob efeito da toxina.

 

SINTOMAS

Os sintomas da intoxicação pela toxina botulínica normalmente aparecem entre doze e trinta horas depois da ingestão do alimento contaminado. Alguns deles:

• aversão à luz

• visão dupla com dilatação da pupila

• disfonia, dificuldade para articular palavras

• vômitos e secura na boca e garganta

• disfagia, dificuldade para engolir

• paralisia respiratória que pode levar à morte

• constipação intestinal

• retenção de urina

• debilidade motora

 

TRATAMENTO

 

Consiste na manutenção das funções vitais e uso de soro antibotulínico. O soro impede que a toxina circulante no sangue se instale no sistema nervoso.

A recuperação da doença é lenta, pois a toxina já instalada entre as células nervosas é destruída pelo sistema de defesa do corpo. Não há remédios ou soro que eliminem a toxina.

 

 

O LADO BOM DA TOXINA

 

Os efeitos terapêuticoas da toxina botulínica vêm sendo estudados há décadas. No início, a substância foi utilizada para tratamento de estrabismo e de espasmos involuntários da musculatura das pálpebras. 

Administrada em pequenas doses, a toxina vem sendo usada para tratar doenças relacionadas a contrações musculares indesejáveis.

 

 

CASOS DE BOTULISMO NOS ÚLTIMOS ANOS  

 

Não há ainda no Brasil a notificação sistemática do Botulismo, até porque as doenças de origem alimentar são uma preocupação muito recente.

 

Os sistemas de vigilância epidemiológica registravam apenas as doenças de veiculação hídrica como febre tifóide, cólera, poliomielite, hepatite A, ou surtos de doenças diarréicas, sendo que um levantamento da ocorrência do Botulismo teria que ser feito recorrendo-se à literatura e descrição de casos.

No Estado de São Paulo, nos últimos três anos há o relato de 3 casos confirmados, de origem alimentar, assim ocorridos: O primeiro caso, em fevereiro de 1997, em que o produto consumido foi uma conserva de palmito em vidro, de marca nacional, de um único frasco, tendo sido detectada a toxina botulínica tipo A, no sangue do paciente e no alimento consumido, e neste o pH encontrado foi de 5,3.

 

Um segundo caso, em outubro de 1998, em que o produto consumido foi novamente uma conserva de palmito em vidro, de marca boliviana, de um único frasco, tendo sido detectada a toxina botulínica tipo A no sangue do paciente e no alimento, e um pH 4,2 (porém o produto quando foi analisado, apresentava-se em estado putrefato, o que pode ter influenciado para esse pH - sabe-se que, após aberto o produto, pode ocorrer o desenvolvimento de outras bactérias e leveduras que acidificam o meio, mudando, portanto, o real pH anterior). A inspeção sanitária condenou e interditou o estabelecimento distribuidor e ordenou o recolhimento de todos os produtos desta marca no mercado.

 

Um terceiro caso, em março de 1999, em que foi detectada a presença da toxina tipo A no sangue do paciente, com história de ingestão de conserva de palmito de marca boliviana, proveniente da mesma região e endereço do local de fabricação da marca anterior responsável por botulismo, mas que por ausência dos restos alimentares do palmito consumido pelo paciente, não foi possível estabelecer a relação direta. Entretanto, todos os demais alimentos de risco ou medicamentos (cápsula de proteína animal manipulada e fórmulas para emagrecimento) consumidos foram analisados, com resultados negativos. Mais 3 frascos de palmito da marca em questão, encontrados na casa do paciente, mas ainda não consumidos, foram analisados, sendo encontrado um com pH de 4,6. A inspeção sanitária encontrou irregularidades gravíssimas (ausência de número de lotes, várias datas de validade em rótulos sobrepostos, etc.) recolhendo o produto de várias marcas importadas da Bolívia, além de proibir a importação do produto sem prévia inspeção dos técnicos da Vigilância Sanitária Brasileira (ver site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária em http://www.saude.gov.br ).

 

Com este 3º. caso, a Vigilância Sanitária Nacional determinou a rotulagem de todos os produtos nacionais e estrangeiros, na prateleira e na fábrica, com a advertência ao consumidor para Ferver o produto por 15 minutos antes de ser consumido, pois, todo o palmito passou a ser considerado suspeito, até a implantação das novas normas de fabricação e do Programa Nacional de Inspeção das Fábricas de Palmito, que têm por finalidade desencadear um controle mais rígido e permanente das Vigilância Sanitárias dos Estados na fiscalização de estabelecimentos produtores, distribuidores e comércio em geral de palmito em conserva.

 

  

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